abril 01, 2009

Educação ou Facilitação

Há algum tempo, e agora novamente na mídia, volta-se a discutir a questão das cotas nas universidades públicas para alunos da rede pública, negros, pardos, índios e etc. Claro que sou a favor do estudo para todos, mas não a favor de facilitar dessa forma. Explico melhor: de que adianta reservar 50% das vagas para os alunos do ensino público se eles saem do mesmo sem ao menos saberem contas aritméticas básicas, fazer uma leitura e interpretação de textos ou às vezes, mal sabendo assinar o nome? Sim, sim, eles saem do ensino público sem saber ler ou copiar um texto simples! Minha mãe é catequista da Igreja Católica, e só aceitam matricular crianças a partir da terceira série do ensino fundamental, pois entende-se que já sabem ler e escrever minimamente e até mesmo entender textos simples. Pois bem, ela sempre me traz histórias muito tristes, de crianças de 12, 13 anos que mal sabem escrever o nome, que cometem erros simples de português.

Agora me digam, como alguém que mal aprende a ler e escrever irá conseguir acompanhar o ensino de uma universidade pública brasileira (ainda podemos ter orgulho delas, pela sua excelência no ensino)? Graças à Deus tive o privilégio de estudar a vida toda em escola particular, e quando ingressei na USP tive certa dificuldade em acompanhar as disciplinas do primeiro ano, que tinham como base algumas matérias do ensino fundamental, chegando até a reprovar. Agora imagine alguém que nem tem acesso direito à essas matérias!

Sou a favor da Educação para todos, ou seja, se querem que todos, pobres ou ricos, tenham acesso às universidades públicas, que comecem primeiro a cuidar do Ensino Fundamental, que é a base de tudo! Que cuidem dos professores, incentivando com boa remuneração, cursos de aperfeiçoamento, menos alunos por sala. Uma boa educação começa de baixo, e não lá de cima. Sinto dizer, que infelizmente uma pessoa que não tem uma boa base, não consegue acompanhar o ritmo das grandes universidades (claro, temos várias pessoas de escolas públicas - da época que não se aprovava direto - que cursaram excelentes universidades, conheço essas pessoas).

Por isso, pensem primeiro nas crianças, para daí poder pensar no futuro delas.

Quanto à cota por raçãs, bem, eu acho isso a coisa mais preconceituosa. É dizer que as pessoas negras, índias não têm a mesma capacidade que o branco para entrar numa universidade pública. Só tenho isso a dizer sobre as cotas raciais.

Taí minha opinião!

6 comentários:

Alexandre Lucas disse...

Sou contra cotas e a favor do mérito.

si disse...

Co vamos atualizar isso aqui??

Nícolas M. Freitas disse...

A questão das cotas é um assunto polêmico; por estar relacionada a muitos outros casos.

O fator base de tudo (qualquer coisa), é a educação. Aprovação continuada pode ser uma boa? Sim, com uma bom acompanhamento, planejamento, entre outras coisas; pode ter um fundamento interessante. Porém do jeito que vem sendo aplicado; não favoresse em nada. Pois os alunos não tem auxilio, não recebem ajuda adequada, passam de ano sem aprender e continuam da mesma forma, pois para o educador aplicar determinados conceitos se que o aluno não tenha conhecimento de outros fica cada vez mais difícil e por sua vez o governo fala e não implanta nada do que cita.

Bem, a nossa economia gira em torno da educação; mas enquando esta não for totalmente democratica, nosso país continuará tendo uma classe média selecionada a dedo.

Porém para gerar melhores condições; deve-se pensar primeiro em desafiar os números! Ou seja; os indices... Para depois criar uma revolução no pensamento e estimulo educacional das pessoas.

Fazer com que as pessoas participem mais das escolas, oferecer mais incentivos às crianças, promover mais atividades competitivas de ciências e esportes, mais bolsas (de ESTUDOS). Entre os professores; dar mais aparatos aos profissionais, não dar mais motivos para greves, tratar professores com o respeito que devem ter, oferecer mais subsidios à Mestrados, produção junto aos educandos, et cetera.

Nas universidades públicas em especial; em muitos cursos é fácil de entrar, mas é difícil sair com o diploma. Eu entrei na Universidade Pública, logo na primeira chamada; sem o uso de cotas e estudei a vida toda em escolas públicas. Porém em casa, meus pais sempre pegaram no pé de meu irmão e no meu, posso dizer que tive na maioria bons professores.

Sei que o ideal; enquanto nosso governo não tem coragem de criar uma revolução que evolua a educação pública, acho que a melhor alternativa é voltar a velha maneira de repetir de ano e fazer com os pais tenham mais participação nas escolas e pegar no pé dos seus filhos; não dos professores (por conta de notas baixas). Hoje com tanta tecnologia sendo ofertada e pouco investimento (isso não diz respeito somente as máquinas).

Nícolas M. Freitas disse...

Gostei do Blog... Apoio mais atualizações!

;)

Ana Cláudia Marques disse...

Aprocação tem que ser por mérito, não pela cor da pele. Isso é paternalismo barato a pretexto de se corrigirem erros do tempo do Brasil-Colônia.

Ana Cláudia Marques disse...

Corrigindo: Aprovação.