Do site UOL:
Ofuscadas, mulheres do vôlei e handebol embarcam para Pequim
Fernando Narazaki e Maurício Dehò
Enquanto o ponta Giba parava a cada metro para dar autógrafos, bater fotos e atender aos fãs, a ponta Paula Pequeno e a levantadora Carol Albuquerque acompanhavam tranqüilamente as filhas em uma lanchonete de fast food. Se o técnico Bernardinho optou por ir rapidamente ao terminal de embarque, o espanhol Juan Oliver pôde aguardar tranqüilamente a sua última jogadora fazer o check in para, enfim, dirigir-se ao embarque.
<em>As cenas citadas acima mostram bem a diferença entre o assédio vivido pela seleção masculina de vôlei e pelas equipes femininas de handebol e vôlei, e pelo grupo de saltos ornamentais, que foram nesta noite de terça-feira ao Aeroporto de Cumbica. As quatro delegações embarcaram juntas no mesmo vôo para o Canadá, onde iniciam a sua viagem rumo à Pequim.
Agora vou virar uma feminista: é impressionante como os brasileiro só memorizam os méritos das seleções masculinas de todos os esportes, e esquecem que nas últimas olimpíadas grande parte das medalhas vieram do esforço e dedicação das nossas atletas. Claro que as seleções de vôlei masculino e feminino estão ali, lado a lado (pra quem não sabe, enquando a masculina não ficou nem com o bronze na LIga Mundial, o feminino ganhou o Grand Prix, o equivalente à competição masculina), mas o futebol feminio, por exemplo, tem apresentado resultados significantemente melhores que o masculino, assim como handball, ginástica artística (na ala masculina, só podemos citar até o momento Diego Hipólito), e até mesmo o pouco conhecido softbol, que o Brasil só possui seleção feminina (ok, elas não vão participar das olimpíadas). Lógico que os atletas masculinos ainda se destacam mais por uma questão até mesmo histórica, mas chamo a atenção para que todos prestem atenção em nossas mulheres, pois elas podem até não ganhar medalhas, mas com certeza darão um show!
julho 30, 2008
julho 29, 2008
Preparando-se para as Olimpíadas - Basquete
Do site UOL:
Anthony enaltece importância da seleção: "o time está sempre lá"
Bruno Doro
A seleção dos Estados Unidos de basquete chegou nesta segunda-feira em Macau, para dois amistosos, os primeiros na China antes dos Jogos Olímpicos de Pequim. Logo na chegada ao país das Olimpíadas, o ala Carmelo Anthony deu um recado aos atletas brasileiros que pediram dispensa da seleção que falhou no Pré-Olímpico de Atenas.
"Quando eu coloco a camisa da seleção nacional, estou representando os meus pais, a cidade em que nasci, a cidade em que jogo, o meu país. Então, se dão a você a chance de jogar pela seleção, você tem de ir. O seu time vai estar sempre lá, esperando por você", disse o jogador, questionado sobre a atitude dos três brasileiros da NBA.
Nenê, companheiro de Anthony no Denver Nuggets, Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers, e Leandrinho, do Phoenix Suns, não se apresentaram ao técnico Moncho Monsalve para o torneio grego, no início de julho. Todos alegaram lesões. O time ainda não teve Guilherme, que pediu dispensa por motivos particulares, e Valtinho, que recusou a convocação.
Nos Estados Unidos, o caso foi diferente. Kobe Bryant e LeBron James, considerados os dois maiores jogadores da NBA, estão em Macau e vão para os Jogos. Ambos se comprometeram, em 2005, a defender a seleção em todo o período pré-olímpico. Bryant teve de pedir dispensa em 2005, por problemas legais, e 2006, quando operou o joelho, mas disputou o Pré-Olímpico de Lãs Vegas em 2007.
Pois por conta disso, o Brasil acabou ficando de fora da disputa masculina, nos restando torcer para a seleção feminina (que diga-se de passagem, já nos deu muitas alegrias nas Olimpíadas). E esse tipo de atitude faz com que o Brasil continue com uma classificação "xoxa" no quadro geral de medalhas, pois atletas para melhorar esse quadro nós temos. E além disso tudo, tem ainda as politicagens das Confederações, que em vez de apoiar e ajudar, em alguns casos atrapalham. Mesmo assim, concordo com o depoimento do Carmello.
Anthony enaltece importância da seleção: "o time está sempre lá"
Bruno Doro
A seleção dos Estados Unidos de basquete chegou nesta segunda-feira em Macau, para dois amistosos, os primeiros na China antes dos Jogos Olímpicos de Pequim. Logo na chegada ao país das Olimpíadas, o ala Carmelo Anthony deu um recado aos atletas brasileiros que pediram dispensa da seleção que falhou no Pré-Olímpico de Atenas.
"Quando eu coloco a camisa da seleção nacional, estou representando os meus pais, a cidade em que nasci, a cidade em que jogo, o meu país. Então, se dão a você a chance de jogar pela seleção, você tem de ir. O seu time vai estar sempre lá, esperando por você", disse o jogador, questionado sobre a atitude dos três brasileiros da NBA.
Nenê, companheiro de Anthony no Denver Nuggets, Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers, e Leandrinho, do Phoenix Suns, não se apresentaram ao técnico Moncho Monsalve para o torneio grego, no início de julho. Todos alegaram lesões. O time ainda não teve Guilherme, que pediu dispensa por motivos particulares, e Valtinho, que recusou a convocação.
Nos Estados Unidos, o caso foi diferente. Kobe Bryant e LeBron James, considerados os dois maiores jogadores da NBA, estão em Macau e vão para os Jogos. Ambos se comprometeram, em 2005, a defender a seleção em todo o período pré-olímpico. Bryant teve de pedir dispensa em 2005, por problemas legais, e 2006, quando operou o joelho, mas disputou o Pré-Olímpico de Lãs Vegas em 2007.
Pois por conta disso, o Brasil acabou ficando de fora da disputa masculina, nos restando torcer para a seleção feminina (que diga-se de passagem, já nos deu muitas alegrias nas Olimpíadas). E esse tipo de atitude faz com que o Brasil continue com uma classificação "xoxa" no quadro geral de medalhas, pois atletas para melhorar esse quadro nós temos. E além disso tudo, tem ainda as politicagens das Confederações, que em vez de apoiar e ajudar, em alguns casos atrapalham. Mesmo assim, concordo com o depoimento do Carmello.
julho 23, 2008
Preparando-se para as Olimpíadas - Natação
Do site UOL:
Falta de maiô e comida demais preocupam nadadores na saída do Brasil
Fernanda Brambilla
No embarque da delegação brasileira de natação, na noite desta terça-feira rumo a Macau, local da aclimatação, os atletas se dividiam entre duas preocupações muito distintas: enquanto uns lamentavam a ausência do maiô LZR Racer, da Speedo, marca que é patrocinadora dos nadadores do país, outros já atentavam para outro 'perigo, a fartura de comida na Vila Olímpica.
No que diz respeito ao maiô, os brasileiros dependem da aquisição do produto nos dias que antecedem a competição. "Temos a palavra da Speedo internacional de que teremos o modelo à disposição quando chegarmos lá em Macau. Se isso também não acontecer, aí as coisas complicam", disse Flávia Delaroli, que nadará os 50 m livre e o 4 x 100 m livre em sua segunda Olimpíada. Apesar do descontentamento visível, a nadadora minimizou a falta da peça. "Treinei para nadar com ou sem maiô, não vou me preocupar com isso. Vou falar com o pessoal que mora fora, ou até o Cesão (César Cielo, que encontra a delegação na escala em Toronto, no Canadá), quem sabe alguém arranja."
Joanna Maranhão, que embarcou sem o técnico Nikita de Recife, e parou em São Paulo, também disse apostar nos amigos de fora. "Conheço um pessoal dos Estados Unidos, vou ver se algum deles me ajuda com isso", comentou a atleta. "A gente sabe que ajuda, além do fator psicológico que esse maiô já vem exercendo nos nadadores. Nadei no início do ano com um usado e gostei."
A novata Gabriella Silva também lamentou a falta de tempo para a adaptação ao maiô. "Estava contando com os dois maiôs que a gente tinha a promessa de receber, e no fim não tenho nenhum. A gente embarca acreditando que vai encontrar lá em Macau, mas não sei se vai ter o meu tamanho, que é o menor", diz a nadadora de borboleta. "Como sou muito magra, esses maiôs sempre ficam meio largos, e corre o risco de entrar água. Sem testar antes, fica tudo ainda mais difícil."
Além do "maiô dos recordes", outro fator ocupava a mente dos nadadores: a fartura de comida na Vila Olímpica. "McDonald's de graça, dá pra imaginar o tamanho do estrago? Não cair em tentação vai ser um problemão", brincou o veterano Rodrigo Castro, rumo à sua terceira Olimpíada.
Para Gabriel Mangabeira, finalista em Atenas-2004, o jeito é tentar conter a gula. "Vou escrever na mão um aviso pra não comer, aí quando for pegar o garfo vejo o que escrevi e me contenho", disse o nadador. "Essa coisa de comida de graça não dá certo..."
Joanna lembrou as recomendações do treinador Nikita. "Não posso chegar perto de doce, senão vai virar a minha válvula de escape. Consegui perder peso nos últimos meses e tudo pode ir abaixo se eu não me segurar", afirmou a nadadora.
Já Flávia apelou por uma bagagem reforçada. "Calculei o quanto vou tomar de suplemento durante todos os dias dos Jogos e gastei mais de R$ 200,00 em comida, está tudo na mala", diz a atleta. "Por sorte, não como fast-food."
Nesta série de posts sobre as Olimpíadas, não podia deixar de ter um sobre meu esporte favorito, o qual pratiquei durante aproximadamente 20 anos: a Natação. Parece que os "demônios" da Delegação Olímpica Brasileira está atingindo até mesmo os atletas que são sempre garantia de pódio nos Jogos. Realmente é um absurdo eles não terem em mãos o "maiô dos recordes", ainda mais sendo o fabricante também o patrocinador da Equipe. Aposto que a delegação dos EUA não tem esse problema. E pra quem acha que é frescura, infelizmente nos dias de hoje, em todo e qualquer esporte, não é só através do esforço e dos treinos que um atleta chega ao pódio. Tudo isso tem que ser somado à tecnologia de roupas e acessórios. E parece que nossos nadadores vão ter que contar com a sorte para ter acesso a essa tecnologia.
E quanto à alimentação...o que dizer de o McDonald´s ser o restaurante oficial dos Jogos Olímpicos?? Acho que não tem comentário, né!
AH! Nas imagens acima temos duas grandes chances de medalhas (pelo menos): César Cielo e Thiago Pereira. Boa Sorte, rapazes!!!
Falta de maiô e comida demais preocupam nadadores na saída do Brasil
Fernanda Brambilla
No embarque da delegação brasileira de natação, na noite desta terça-feira rumo a Macau, local da aclimatação, os atletas se dividiam entre duas preocupações muito distintas: enquanto uns lamentavam a ausência do maiô LZR Racer, da Speedo, marca que é patrocinadora dos nadadores do país, outros já atentavam para outro 'perigo, a fartura de comida na Vila Olímpica.
No que diz respeito ao maiô, os brasileiros dependem da aquisição do produto nos dias que antecedem a competição. "Temos a palavra da Speedo internacional de que teremos o modelo à disposição quando chegarmos lá em Macau. Se isso também não acontecer, aí as coisas complicam", disse Flávia Delaroli, que nadará os 50 m livre e o 4 x 100 m livre em sua segunda Olimpíada. Apesar do descontentamento visível, a nadadora minimizou a falta da peça. "Treinei para nadar com ou sem maiô, não vou me preocupar com isso. Vou falar com o pessoal que mora fora, ou até o Cesão (César Cielo, que encontra a delegação na escala em Toronto, no Canadá), quem sabe alguém arranja."
Joanna Maranhão, que embarcou sem o técnico Nikita de Recife, e parou em São Paulo, também disse apostar nos amigos de fora. "Conheço um pessoal dos Estados Unidos, vou ver se algum deles me ajuda com isso", comentou a atleta. "A gente sabe que ajuda, além do fator psicológico que esse maiô já vem exercendo nos nadadores. Nadei no início do ano com um usado e gostei."
A novata Gabriella Silva também lamentou a falta de tempo para a adaptação ao maiô. "Estava contando com os dois maiôs que a gente tinha a promessa de receber, e no fim não tenho nenhum. A gente embarca acreditando que vai encontrar lá em Macau, mas não sei se vai ter o meu tamanho, que é o menor", diz a nadadora de borboleta. "Como sou muito magra, esses maiôs sempre ficam meio largos, e corre o risco de entrar água. Sem testar antes, fica tudo ainda mais difícil."
Além do "maiô dos recordes", outro fator ocupava a mente dos nadadores: a fartura de comida na Vila Olímpica. "McDonald's de graça, dá pra imaginar o tamanho do estrago? Não cair em tentação vai ser um problemão", brincou o veterano Rodrigo Castro, rumo à sua terceira Olimpíada.
Para Gabriel Mangabeira, finalista em Atenas-2004, o jeito é tentar conter a gula. "Vou escrever na mão um aviso pra não comer, aí quando for pegar o garfo vejo o que escrevi e me contenho", disse o nadador. "Essa coisa de comida de graça não dá certo..."
Joanna lembrou as recomendações do treinador Nikita. "Não posso chegar perto de doce, senão vai virar a minha válvula de escape. Consegui perder peso nos últimos meses e tudo pode ir abaixo se eu não me segurar", afirmou a nadadora.
Já Flávia apelou por uma bagagem reforçada. "Calculei o quanto vou tomar de suplemento durante todos os dias dos Jogos e gastei mais de R$ 200,00 em comida, está tudo na mala", diz a atleta. "Por sorte, não como fast-food."
Nesta série de posts sobre as Olimpíadas, não podia deixar de ter um sobre meu esporte favorito, o qual pratiquei durante aproximadamente 20 anos: a Natação. Parece que os "demônios" da Delegação Olímpica Brasileira está atingindo até mesmo os atletas que são sempre garantia de pódio nos Jogos. Realmente é um absurdo eles não terem em mãos o "maiô dos recordes", ainda mais sendo o fabricante também o patrocinador da Equipe. Aposto que a delegação dos EUA não tem esse problema. E pra quem acha que é frescura, infelizmente nos dias de hoje, em todo e qualquer esporte, não é só através do esforço e dos treinos que um atleta chega ao pódio. Tudo isso tem que ser somado à tecnologia de roupas e acessórios. E parece que nossos nadadores vão ter que contar com a sorte para ter acesso a essa tecnologia.
E quanto à alimentação...o que dizer de o McDonald´s ser o restaurante oficial dos Jogos Olímpicos?? Acho que não tem comentário, né!
AH! Nas imagens acima temos duas grandes chances de medalhas (pelo menos): César Cielo e Thiago Pereira. Boa Sorte, rapazes!!!
julho 17, 2008
Preparando-se para as Olimpíadas - Ginástica Artística
Oleg Ostapenko descarta possibilidade de medalha nas Olimpíadas
O técnico Oleg Ostapenko foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento da ginástica artística no Brasil. Ele chegou em 2001 para a montagem da seleção permanente e, sob seu comando, o país conseguiu seus melhores resultados no esporte (o título mundial de Daiane dos Santos no solo em 2003 e o quinto lugar por equipes em 2007). No entanto, hoje, às vésperas de sua segunda Olimpíada como comandante da equipe nacional, o treinador descarta qualquer possibilidade de coroar seu trabalho com uma medalha olímpica em Pequim.
Contrariando o que chegou a dizer há alguns meses, Oleg não aposta mais sua fichas nem mesmo em Jade Barbosa, esperança de pódio principalmente no individual geral, modalidade na qual foi terceira colocada no último mundial. O ucraniano não teme que a jovem estreante 'amarele', mas acredita que a ginasta não está em condições de competir com as rivais norte-americanas e chinesas.
"Ela precisaria de mais ginástica (sic) para tentar um ouro ou outra medalha. Vamos ver o que acontece em Pequim. Mas não sei não", disse o treinador em entrevista exclusiva ao UOL Esporte antes de embarcar com a seleção para o Japão, onde passará 20 dias com suas comandadas antes de seguir para Pequim.
Oleg também descartou as possibilidades de Daiane dos Santos no solo. "Em 2004 ela vinha de um título mundial, estava no auge e tinha uma chance. Hoje a realidade é outra, está mais velha. Ela vai ajudar a somar pontos para a equipe. Não mais do que isso", afirmou.
"Também não acho que nossas chances na disputa por equipes sejam boas. Fizemos uma apresentação razoável em Belarus, mas, na Itália, eu não gostei. Sem a Khiuani, que ainda se recupera de lesão na mão direita, nossas chances são praticamente nulas", disse. Para ele, Daniele Hypólito e Laís Souza também não serão mais que coadjuvantes na China. O time titular ainda terá Ethiene Franco e Ana Cláudia.
Nadija Ostapenko, esposa do treinador que também integra a comissão técnica da seleção, acompanhou a entrevista e chegou a intervir: "Você é muito pessimista". Oleg retrucou: "Não. Sou realista".
Pois é...parece que as previsões para as Olimpíadas de Pequim para o Brasil não são nada boas...
O técnico Oleg Ostapenko foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento da ginástica artística no Brasil. Ele chegou em 2001 para a montagem da seleção permanente e, sob seu comando, o país conseguiu seus melhores resultados no esporte (o título mundial de Daiane dos Santos no solo em 2003 e o quinto lugar por equipes em 2007). No entanto, hoje, às vésperas de sua segunda Olimpíada como comandante da equipe nacional, o treinador descarta qualquer possibilidade de coroar seu trabalho com uma medalha olímpica em Pequim.
Contrariando o que chegou a dizer há alguns meses, Oleg não aposta mais sua fichas nem mesmo em Jade Barbosa, esperança de pódio principalmente no individual geral, modalidade na qual foi terceira colocada no último mundial. O ucraniano não teme que a jovem estreante 'amarele', mas acredita que a ginasta não está em condições de competir com as rivais norte-americanas e chinesas.
"Ela precisaria de mais ginástica (sic) para tentar um ouro ou outra medalha. Vamos ver o que acontece em Pequim. Mas não sei não", disse o treinador em entrevista exclusiva ao UOL Esporte antes de embarcar com a seleção para o Japão, onde passará 20 dias com suas comandadas antes de seguir para Pequim.
Oleg também descartou as possibilidades de Daiane dos Santos no solo. "Em 2004 ela vinha de um título mundial, estava no auge e tinha uma chance. Hoje a realidade é outra, está mais velha. Ela vai ajudar a somar pontos para a equipe. Não mais do que isso", afirmou.
"Também não acho que nossas chances na disputa por equipes sejam boas. Fizemos uma apresentação razoável em Belarus, mas, na Itália, eu não gostei. Sem a Khiuani, que ainda se recupera de lesão na mão direita, nossas chances são praticamente nulas", disse. Para ele, Daniele Hypólito e Laís Souza também não serão mais que coadjuvantes na China. O time titular ainda terá Ethiene Franco e Ana Cláudia.
Nadija Ostapenko, esposa do treinador que também integra a comissão técnica da seleção, acompanhou a entrevista e chegou a intervir: "Você é muito pessimista". Oleg retrucou: "Não. Sou realista".
Pois é...parece que as previsões para as Olimpíadas de Pequim para o Brasil não são nada boas...
julho 15, 2008
Acampamento
Como alguns aqui já sabem, na época de férias faço um "bico" no Acampamento Lúdico Mania(acantonamento, na verdade). Enquanto estou aqui escrevendo neste blog, um grupo de 60 crianças e monitores estão se divertindo com muitas brincadeiras com uma natureza linda ao redor. E tudo isso sem qualquer tipo de tecnologia por perto. Só para que vocês tenha uma pequena noção do que é estar num acampamento (pra quem não teve tal oportunidade), abaixo segue um vídeo da temporada de Julho/2007. Que vontade de estar lá!!
Preparando-se para as Olimpíadas - Delegação Brasileira
Do site UOL:
"Era Nuzman" incha delegações, mas vê número de medalhistas cairBruno Doro e Claudia Andrade
A Era Nuzman do Comitê Olímpico Brasileiro chega, em agosto, em sua quarta edição das Olimpíadas convivendo com uma tendência incômoda. O período apresenta delegações olímpicas com recordes de gigantismo, sempre superando os 200 atletas, mas mostra aproveitamento menor a cada quatro anos.
Em Atlanta-1996, por exemplo, o país teve 64 medalhas. Em uma delegação de 225 atletas, recorde na época, o aproveitamento foi de 28%, o melhor do Brasil na história.
Nesse caso, foi considerada uma medalha por cada atleta que subia ao pódio - o futebol masculino, bronze, por exemplo, soma 18 medalhas nessa conta, contra apenas uma do velejador Robert Scheidt, ouro na classe Laser. No quadro geral, que considera uma medalha por prova, porém, o Brasil terminou com 15 pódios, na 25ª posição.
O desempenho nos EUA é melhor até mesmo do que o de Atenas-2004, considerada a melhor edição para Brasil em termos absolutos. Na Grécia, o quadro geral aponta cinco medalhas de ouro brasileiras e a 16ª posição. Mas apenas 41 esportistas voltaram ao país laureados, em um aproveitamento de 16,5% da delegação de 247 atletas - recorde na época.
Os números podem não ter validade para a classificação final, mas mostram que, nos últimos anos, o Brasil privilegia muito mais a quantidade do que a qualidade nas Olimpíadas. Dirigentes, inclusive, fazem sempre questão de destacar a marca megalomaníaca de atletas. Em Pequim-2008, a missão nacional novamente deve quebrar recorde de participantes, com 275 vagas conquistadas até agora.
"O esporte brasileiro já venceu, já conquistou muito antes mesmo do início dos Jogos de Pequim pelo recorde de atletas, recorde de modalidades e recorde de mulheres que vão participar. São números incontestáveis", diz o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.
Esse discurso, porém, pode encontrar problemas para Pequim. Com um ciclo olímpico inteiro bancado pela Lei Piva, que dá parte da arrecadação das loterias para o esporte, a cobrança por uma melhora no aproveitamento já começa a ser ouvida.
Para o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, por exemplo, o número maior de atletas deve significar um número maior de medalhas. "O Nuzman não gosta de comentar número de medalhas, mas posso dizer que acredito que nós estaremos em um número maior de finais, conquistaremos mais medalhas e mais medalhas de ouro, e vamos ouvir o hino nacional e ver a bandeira brasileira subindo mais vezes ao pódio".
Questionado sobre a relação quantidade x qualidade, Nuzman defendeu delegações maiores, mesmo com novatos que vão aos Jogos com poucas chances de chegar ao pódio. "Ninguém é campeão olímpico da noite para o dia, como ninguém aprende a ler da noite para o dia. É um processo. Esta é uma fase que não dá para pular, eles têm que passar por isso, pela experiência de ir a uma Olimpíada."
Já sobre a validade de "inflar" o grupo com novatos, o chefe da delegação brasileira, Marcus Vinícius Freire, também defendeu a opção do COB. "Vale 100%, e eu digo isso de cadeira, porque como outros, também precisei de um empurrão antes de chegar até a medalha (foi prata com a seleção de vôlei em Los Angeles-1984)."
A política, porém, esbarra no exemplo de maior sucesso do esporte olímpico latino-americano. Cuba, potência dos Jogos, não costuma montar delegações grandes. Vão apenas os que têm chance. O aproveitamento relativo mostra isso. Em Atenas-2004, 152 atletas cubanos foram para a Grécia e 62 deles chegaram ao pódio - o número conta com o ouro no beisebol e o bronze no vôlei feminino. Com delegação compacta, Cuba deixou Atenas com 40% de aproveitamento.
"Nós somos diferentes de Cuba, que corta todo mundo que não tiver chance de medalha. Para a gente é importante dar essa oportunidade para o atleta. Não levamos convidados, mas seria tirar o direito de um atleta que conseguiu o índice B deixá-lo de fora. Eu tenho um filho de 13 anos que está começando a jogar vôlei e ficaria muito chateado se ele fosse cortado mesmo estando dentro da regra", afirmou Marcus Vinícius.
Freire usou como exemplo Rosângela Conceição, primeira mulher do país a disputar a luta livre em Olimpíadas e com chances remotas de pódio. "Para a área técnica do COB, qualidade não é medalha. É abrir o leque. Para a atleta da luta, o primeiro passo é ir para a Olimpíada. Daqui a quatro anos pode melhorar o resultado, daqui a oito, chegar à final, daqui a 12, disputar medalha e daqui a 16 levar o ouro. É um degrau por vez que tem que ir cumprindo".
APROVEITAMENTO OLÍMPICO DO BRASIL
Atletas Pódios* Medalhas** Aprov.
Antuérpia - 20 29 3 7 24%
Paris-24 11 0 0 0
Los Angeles-32 58 0 0 0
Berlim-36 95 0 0 0
Londres-48 94 1 12 12
Helsinque-52 108 3 3 2
Melbourne-56 48 1 1 2
Roma-60 81 2 13 16
Tóquio-64 68 1 12 17
México-68 84 3 4 4
Munique-72 89 2 2 2
Montréal-76 93 2 3 3
Moscou-80 109 4 9 8
Los Angeles-84 151 8 38 25
Seul-88 170 6 25 14
Barcelona-92 197 3 14 7
Atlanta-96 225 15 64 28
Sydney-00 205 12 47 23
Atenas-04 247 10 41 16,5
* Contagem de medalhas tradicional ** Soma dos medalhistas, contando uma medalha para cada atleta que sobe ao pódio, incluindo cada membro de equipes em esportes coletivos *** Em Amsterdã-28, o Brasil não participou
Oras, por que o espanto? Num país que em todos os setores o governo privilegia muito mais a QUANTIDADE do que a QUALIDADE. Quer melhor exemplo do que nossa Educação, onde o governo se vangloria da quantidade de alunos nas escolas de ensino fundamental e médio, quando na verdade esses alunos saem mal sabendo escrever os próprios nomes. Não era de se esperar coisa diferente no esporte, né!
"Era Nuzman" incha delegações, mas vê número de medalhistas cairBruno Doro e Claudia Andrade
A Era Nuzman do Comitê Olímpico Brasileiro chega, em agosto, em sua quarta edição das Olimpíadas convivendo com uma tendência incômoda. O período apresenta delegações olímpicas com recordes de gigantismo, sempre superando os 200 atletas, mas mostra aproveitamento menor a cada quatro anos.
Em Atlanta-1996, por exemplo, o país teve 64 medalhas. Em uma delegação de 225 atletas, recorde na época, o aproveitamento foi de 28%, o melhor do Brasil na história.
Nesse caso, foi considerada uma medalha por cada atleta que subia ao pódio - o futebol masculino, bronze, por exemplo, soma 18 medalhas nessa conta, contra apenas uma do velejador Robert Scheidt, ouro na classe Laser. No quadro geral, que considera uma medalha por prova, porém, o Brasil terminou com 15 pódios, na 25ª posição.
O desempenho nos EUA é melhor até mesmo do que o de Atenas-2004, considerada a melhor edição para Brasil em termos absolutos. Na Grécia, o quadro geral aponta cinco medalhas de ouro brasileiras e a 16ª posição. Mas apenas 41 esportistas voltaram ao país laureados, em um aproveitamento de 16,5% da delegação de 247 atletas - recorde na época.
Os números podem não ter validade para a classificação final, mas mostram que, nos últimos anos, o Brasil privilegia muito mais a quantidade do que a qualidade nas Olimpíadas. Dirigentes, inclusive, fazem sempre questão de destacar a marca megalomaníaca de atletas. Em Pequim-2008, a missão nacional novamente deve quebrar recorde de participantes, com 275 vagas conquistadas até agora.
"O esporte brasileiro já venceu, já conquistou muito antes mesmo do início dos Jogos de Pequim pelo recorde de atletas, recorde de modalidades e recorde de mulheres que vão participar. São números incontestáveis", diz o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.
Esse discurso, porém, pode encontrar problemas para Pequim. Com um ciclo olímpico inteiro bancado pela Lei Piva, que dá parte da arrecadação das loterias para o esporte, a cobrança por uma melhora no aproveitamento já começa a ser ouvida.
Para o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, por exemplo, o número maior de atletas deve significar um número maior de medalhas. "O Nuzman não gosta de comentar número de medalhas, mas posso dizer que acredito que nós estaremos em um número maior de finais, conquistaremos mais medalhas e mais medalhas de ouro, e vamos ouvir o hino nacional e ver a bandeira brasileira subindo mais vezes ao pódio".
Questionado sobre a relação quantidade x qualidade, Nuzman defendeu delegações maiores, mesmo com novatos que vão aos Jogos com poucas chances de chegar ao pódio. "Ninguém é campeão olímpico da noite para o dia, como ninguém aprende a ler da noite para o dia. É um processo. Esta é uma fase que não dá para pular, eles têm que passar por isso, pela experiência de ir a uma Olimpíada."
Já sobre a validade de "inflar" o grupo com novatos, o chefe da delegação brasileira, Marcus Vinícius Freire, também defendeu a opção do COB. "Vale 100%, e eu digo isso de cadeira, porque como outros, também precisei de um empurrão antes de chegar até a medalha (foi prata com a seleção de vôlei em Los Angeles-1984)."
A política, porém, esbarra no exemplo de maior sucesso do esporte olímpico latino-americano. Cuba, potência dos Jogos, não costuma montar delegações grandes. Vão apenas os que têm chance. O aproveitamento relativo mostra isso. Em Atenas-2004, 152 atletas cubanos foram para a Grécia e 62 deles chegaram ao pódio - o número conta com o ouro no beisebol e o bronze no vôlei feminino. Com delegação compacta, Cuba deixou Atenas com 40% de aproveitamento.
"Nós somos diferentes de Cuba, que corta todo mundo que não tiver chance de medalha. Para a gente é importante dar essa oportunidade para o atleta. Não levamos convidados, mas seria tirar o direito de um atleta que conseguiu o índice B deixá-lo de fora. Eu tenho um filho de 13 anos que está começando a jogar vôlei e ficaria muito chateado se ele fosse cortado mesmo estando dentro da regra", afirmou Marcus Vinícius.
Freire usou como exemplo Rosângela Conceição, primeira mulher do país a disputar a luta livre em Olimpíadas e com chances remotas de pódio. "Para a área técnica do COB, qualidade não é medalha. É abrir o leque. Para a atleta da luta, o primeiro passo é ir para a Olimpíada. Daqui a quatro anos pode melhorar o resultado, daqui a oito, chegar à final, daqui a 12, disputar medalha e daqui a 16 levar o ouro. É um degrau por vez que tem que ir cumprindo".
APROVEITAMENTO OLÍMPICO DO BRASIL
Atletas Pódios* Medalhas** Aprov.
Antuérpia - 20 29 3 7 24%
Paris-24 11 0 0 0
Los Angeles-32 58 0 0 0
Berlim-36 95 0 0 0
Londres-48 94 1 12 12
Helsinque-52 108 3 3 2
Melbourne-56 48 1 1 2
Roma-60 81 2 13 16
Tóquio-64 68 1 12 17
México-68 84 3 4 4
Munique-72 89 2 2 2
Montréal-76 93 2 3 3
Moscou-80 109 4 9 8
Los Angeles-84 151 8 38 25
Seul-88 170 6 25 14
Barcelona-92 197 3 14 7
Atlanta-96 225 15 64 28
Sydney-00 205 12 47 23
Atenas-04 247 10 41 16,5
* Contagem de medalhas tradicional ** Soma dos medalhistas, contando uma medalha para cada atleta que sobe ao pódio, incluindo cada membro de equipes em esportes coletivos *** Em Amsterdã-28, o Brasil não participou
Oras, por que o espanto? Num país que em todos os setores o governo privilegia muito mais a QUANTIDADE do que a QUALIDADE. Quer melhor exemplo do que nossa Educação, onde o governo se vangloria da quantidade de alunos nas escolas de ensino fundamental e médio, quando na verdade esses alunos saem mal sabendo escrever os próprios nomes. Não era de se esperar coisa diferente no esporte, né!
julho 08, 2008
Preparando-se para as Olimpíadas - Futebol
Do site UOL:
Convocação de Dunga contradiz discurso e ratifica má preparaçãoFernando Narazaki
Em São Paulo
"Precisamos de jogadores experientes para Pequim". Com esta afirmação, o técnico da seleção brasileira, Dunga, explicou como seria a convocação para a seleção olímpica após o empate sem gols contra a Argentina, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010. Porém, o que se viu na lista desta segunda-feira contradiz o discurso do comandante e só consolida a tônica da "preparação" do país para obter o inédito ouro olímpico.
VEJA A LISTA OLÍMPICA
O QUE VOCÊ ESPERA?
Diego Alves
Renan
Alex Silva
Breno
Thiago Silva
Rafinha
Ilsinho
Marcelo
Lucas
Hernanes
Anderson
Diego
Ronaldinho
Thiago Neves
Robinho
Alexandre Pato
Rafael Sóbis
Jô
Dos 18 convocados, apenas três deles estiveram em mais de 40% dos 30 jogos sob o comando do treinador gaúcho. Robinho, ícone da era Dunga, foi chamado em todos os compromissos e atuou em 29 partidas. O meia Diego, do Werder Bremen, esteve em 25 convocações, enquanto Ronaldinho Gaúcho figurou em 17 listas da seleção. Apesar de ser o segundo com mais aparições, Diego foi titular em apenas seis jogos.
Os outros 15 jogadores da seleção olímpica estão longe de serem considerados "experientes". Rafael Sóbis e Anderson têm nove e sete partidas pela seleção no período. Depois deles, todos os outros não atuaram em mais de cinco jogos. O maior exemplo é justamente o zagueiro Thiago Silva, um dos convocados com mais de 23 anos. Os outros são Ronaldinho e Robinho.
O zagueiro do Fluminense foi chamado apenas para três partidas (amistoso contra Argélia e duelos contra Argentina e Paraguai pelas eliminatórias), não entrou em nenhum dos compromissos, sequer participou dos amistosos feitos pela seleção olímpica (contra um combinado carioca e outro contra os melhores do Brasileiro-2007) e só figurou nas três listas por contusões de outros atletas da posição. Ele entrou na vaga de Alex, do Chelsea, nas eliminatórias, e substituiu Luisão, do Benfica, diante dos africanos.
Além de Thiago Silva, os goleiros Diego Alves e Renan, e o zagueiro Breno só ficaram na reserva nos duelos da seleção principal. Entretanto, os três participaram do amistoso contra o combinado carioca em 22 de junho. E mesmo nos dois jogos que fez com a seleção olímpica Dunga não levou a campo alguns dos convocados para Pequim. São os casos dos laterais Ilsinho e Marcelo, do volante Anderson e do atacante Jô, além de, obviamente, os atletas acima de 23 anos, exceção feita a Robinho no jogo de três semanas atrás.
A situação só reforça o descaso com que foi tratada a preparação do Brasil para os Jogos Olímpicos. Apesar de ser a única conquista de relevância internacional que falta à seleção, Dunga testou apenas duas vezes os atletas abaixo de 23 anos e ainda passou vexame.
Em 9 de dezembro do ano passado, a seleção apanhou de 3 a 0 dos melhores do Brasileiro-2007, que sequer treinaram juntos antes da partida. Seis meses depois, diante de outro rival montado às pressas (uma equipe que mesclou jogadores do Boavista, Madureira e reservas de Flamengo, Botafogo e Vasco), o Brasil sofreu para fazer 1 a 0, em Volta Redonda.
Uma postura bem diferente da adotada pela Argentina, atual campeã olímpica. Apesar de ter outro técnico (Sergio Batista), sete atletas da equipe que vai a Pequim vêm sendo chamados com freqüência por Alfio Basile na equipe principal: o goleiro Ustari, o zagueiro Burdisso, os volantes Gago e Mascherano, o meia Riquelme, e os atacantes Messi e Aguero.
Além disso, sete jogadores da seleção olímpica (Ustari, Gago, Romero, Banega, Zabaleta, Lavezzi e Buonanote) se apresentaram nesta segunda-feira para iniciar os treinamentos. O restante da delegação deve chegar até 14 de julho para a preparação. Já o Brasil só fará a primeira atividade em 22 de julho e, segundo a CBF, "provavelmente na Granja Comary". Um dos rivais da seleção brasileira na primeira fase, a China treina desde o final de maio.
E agora a Olimpíada pode ter ganho um papel decisivo para a manutenção de Dunga no cargo, já que a seleção realiza uma campanha fraca nas eliminatórias, ocupando o quinto lugar, e o treinador vem sendo alvo de muitas críticas da torcida. Em Pequim, o Brasil e Dunga saberão se as contradições e o pouco tempo de preparação deram resultado
Pois é pessoal, mais uma vez acho que o Brasil vai apenas sonhar com o ouro olímpico no futebol. Ou, para os mais otimistas, pode acontecer o mesmo que a Seleção da Copa de 94: time sem treino nenhum, um troca-troca de jogadores, uma Copa de nível muito fraco das outras seleções, e no final, a sorte do Brasil ser campeão!
Bom, veremos em Agosto!
Convocação de Dunga contradiz discurso e ratifica má preparaçãoFernando Narazaki
Em São Paulo
"Precisamos de jogadores experientes para Pequim". Com esta afirmação, o técnico da seleção brasileira, Dunga, explicou como seria a convocação para a seleção olímpica após o empate sem gols contra a Argentina, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010. Porém, o que se viu na lista desta segunda-feira contradiz o discurso do comandante e só consolida a tônica da "preparação" do país para obter o inédito ouro olímpico.
VEJA A LISTA OLÍMPICA
O QUE VOCÊ ESPERA?
Diego Alves
Renan
Alex Silva
Breno
Thiago Silva
Rafinha
Ilsinho
Marcelo
Lucas
Hernanes
Anderson
Diego
Ronaldinho
Thiago Neves
Robinho
Alexandre Pato
Rafael Sóbis
Jô
Dos 18 convocados, apenas três deles estiveram em mais de 40% dos 30 jogos sob o comando do treinador gaúcho. Robinho, ícone da era Dunga, foi chamado em todos os compromissos e atuou em 29 partidas. O meia Diego, do Werder Bremen, esteve em 25 convocações, enquanto Ronaldinho Gaúcho figurou em 17 listas da seleção. Apesar de ser o segundo com mais aparições, Diego foi titular em apenas seis jogos.
Os outros 15 jogadores da seleção olímpica estão longe de serem considerados "experientes". Rafael Sóbis e Anderson têm nove e sete partidas pela seleção no período. Depois deles, todos os outros não atuaram em mais de cinco jogos. O maior exemplo é justamente o zagueiro Thiago Silva, um dos convocados com mais de 23 anos. Os outros são Ronaldinho e Robinho.
O zagueiro do Fluminense foi chamado apenas para três partidas (amistoso contra Argélia e duelos contra Argentina e Paraguai pelas eliminatórias), não entrou em nenhum dos compromissos, sequer participou dos amistosos feitos pela seleção olímpica (contra um combinado carioca e outro contra os melhores do Brasileiro-2007) e só figurou nas três listas por contusões de outros atletas da posição. Ele entrou na vaga de Alex, do Chelsea, nas eliminatórias, e substituiu Luisão, do Benfica, diante dos africanos.
Além de Thiago Silva, os goleiros Diego Alves e Renan, e o zagueiro Breno só ficaram na reserva nos duelos da seleção principal. Entretanto, os três participaram do amistoso contra o combinado carioca em 22 de junho. E mesmo nos dois jogos que fez com a seleção olímpica Dunga não levou a campo alguns dos convocados para Pequim. São os casos dos laterais Ilsinho e Marcelo, do volante Anderson e do atacante Jô, além de, obviamente, os atletas acima de 23 anos, exceção feita a Robinho no jogo de três semanas atrás.
A situação só reforça o descaso com que foi tratada a preparação do Brasil para os Jogos Olímpicos. Apesar de ser a única conquista de relevância internacional que falta à seleção, Dunga testou apenas duas vezes os atletas abaixo de 23 anos e ainda passou vexame.
Em 9 de dezembro do ano passado, a seleção apanhou de 3 a 0 dos melhores do Brasileiro-2007, que sequer treinaram juntos antes da partida. Seis meses depois, diante de outro rival montado às pressas (uma equipe que mesclou jogadores do Boavista, Madureira e reservas de Flamengo, Botafogo e Vasco), o Brasil sofreu para fazer 1 a 0, em Volta Redonda.
Uma postura bem diferente da adotada pela Argentina, atual campeã olímpica. Apesar de ter outro técnico (Sergio Batista), sete atletas da equipe que vai a Pequim vêm sendo chamados com freqüência por Alfio Basile na equipe principal: o goleiro Ustari, o zagueiro Burdisso, os volantes Gago e Mascherano, o meia Riquelme, e os atacantes Messi e Aguero.
Além disso, sete jogadores da seleção olímpica (Ustari, Gago, Romero, Banega, Zabaleta, Lavezzi e Buonanote) se apresentaram nesta segunda-feira para iniciar os treinamentos. O restante da delegação deve chegar até 14 de julho para a preparação. Já o Brasil só fará a primeira atividade em 22 de julho e, segundo a CBF, "provavelmente na Granja Comary". Um dos rivais da seleção brasileira na primeira fase, a China treina desde o final de maio.
E agora a Olimpíada pode ter ganho um papel decisivo para a manutenção de Dunga no cargo, já que a seleção realiza uma campanha fraca nas eliminatórias, ocupando o quinto lugar, e o treinador vem sendo alvo de muitas críticas da torcida. Em Pequim, o Brasil e Dunga saberão se as contradições e o pouco tempo de preparação deram resultado
Pois é pessoal, mais uma vez acho que o Brasil vai apenas sonhar com o ouro olímpico no futebol. Ou, para os mais otimistas, pode acontecer o mesmo que a Seleção da Copa de 94: time sem treino nenhum, um troca-troca de jogadores, uma Copa de nível muito fraco das outras seleções, e no final, a sorte do Brasil ser campeão!
Bom, veremos em Agosto!
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