Oleg Ostapenko descarta possibilidade de medalha nas Olimpíadas
O técnico Oleg Ostapenko foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento da ginástica artística no Brasil. Ele chegou em 2001 para a montagem da seleção permanente e, sob seu comando, o país conseguiu seus melhores resultados no esporte (o título mundial de Daiane dos Santos no solo em 2003 e o quinto lugar por equipes em 2007). No entanto, hoje, às vésperas de sua segunda Olimpíada como comandante da equipe nacional, o treinador descarta qualquer possibilidade de coroar seu trabalho com uma medalha olímpica em Pequim.
Contrariando o que chegou a dizer há alguns meses, Oleg não aposta mais sua fichas nem mesmo em Jade Barbosa, esperança de pódio principalmente no individual geral, modalidade na qual foi terceira colocada no último mundial. O ucraniano não teme que a jovem estreante 'amarele', mas acredita que a ginasta não está em condições de competir com as rivais norte-americanas e chinesas.
"Ela precisaria de mais ginástica (sic) para tentar um ouro ou outra medalha. Vamos ver o que acontece em Pequim. Mas não sei não", disse o treinador em entrevista exclusiva ao UOL Esporte antes de embarcar com a seleção para o Japão, onde passará 20 dias com suas comandadas antes de seguir para Pequim.
Oleg também descartou as possibilidades de Daiane dos Santos no solo. "Em 2004 ela vinha de um título mundial, estava no auge e tinha uma chance. Hoje a realidade é outra, está mais velha. Ela vai ajudar a somar pontos para a equipe. Não mais do que isso", afirmou.
"Também não acho que nossas chances na disputa por equipes sejam boas. Fizemos uma apresentação razoável em Belarus, mas, na Itália, eu não gostei. Sem a Khiuani, que ainda se recupera de lesão na mão direita, nossas chances são praticamente nulas", disse. Para ele, Daniele Hypólito e Laís Souza também não serão mais que coadjuvantes na China. O time titular ainda terá Ethiene Franco e Ana Cláudia.
Nadija Ostapenko, esposa do treinador que também integra a comissão técnica da seleção, acompanhou a entrevista e chegou a intervir: "Você é muito pessimista". Oleg retrucou: "Não. Sou realista".
Pois é...parece que as previsões para as Olimpíadas de Pequim para o Brasil não são nada boas...
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