novembro 02, 2006

Cães

Diario de um cão!!!
1ª semana:- Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo!
1º mês:- Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!
2 meses:- Hoje me separaram de minha mamãe. Ela estava muito inquieta e, com seu olhar,disse-me adeus. Espero que a minha nova "família humana " cuide tão bem de mimcomo ela o fez.
4 meses:- Cresci rápido; tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mimsão como "irmãozinhos". Somos muito brincalhões, eles me puxam o rabo e eu osmordo de brincadeira.
5 meses:- Hoje me deram uma bronca. Minha dona se incomodou porque fiz "pipi" dentro decasa. Mas nunca me haviam ensinado onde deveria fazê-lo. Além do que, durmo nohall de entrada. Não deu para agüentar.
8 meses:- Sou um cão feliz! Tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tãoprotegido... Acho que a minha família humana me ama e me consente muitas coisas.O pátio é todinho para mim e, às vezes, me excedo, cavando na terra como meusantepassados, os lobos quando escondiam a comida. Nunca me educam. Deve sercorreto tudo o que faço.!
12 meses:- Hoje completo um ano. Sou um cão adulto.Meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulho devem ter demim!!
13 meses:- Hoje me acorrentaram e fico quase sem poder movimentar-me até onde tem um raiode sol ou quando quero alguma sombra.Dizem que vão me observar e que sou um ingrato. Não compreendo nada do que estáacontecendo.
15 meses:- Já nada é igual... Moro na varanda. Sinto-me muito só. Minha família já não mequer! Às vezes esquecem que tenho fome e sede. Quando chove, não tenho teto queme abrigue...
16 meses:- Hoje me desceram da varanda. Estou certo de que minha família me perdoou. Eufiquei tão contente que pulava com gosto. Meu rabo parecia um ventilador. Alémdisso, vão levar-me a passear em sua companhia!Nos direcionamos para a rodovia e, de repente, pararam o automóvel. Abriram aporta e eu desci feliz, pensando que passaríamos nosso dia no campo. Nãocompreendo porque fecharam a porta e se foram. "Ouçam, Esperem!" lati... seesqueceram de mim... Corri atrás do carro com todas as minhas forcas. Minhaangústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego e eles não paravam.Haviam me esquecido.
17 meses:- Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar. Estou e sinto-me perdido! Nomeu caminho existem pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dãoalgum alimento. Eu lhes agradeço com o meu olhar, desde o fundo de minh'alma. Eugostaria que me adotassem: seria leal como ninguém!Mas somente dizem: "pobre cãozinho, deve ter se perdido."
18 meses:- Um dia destes, passei perto de uma escola e vi muitas crianças e jovens comomeus "irmãozinhos". Aproximei-me e um grupo deles, rindo, me jogou uma chuva depedras "para ver quem tinha melhor pontaria". Uma dessas pedras feriu-me o olhoe desde então, não enxergo com ele.
19 meses:- Parece mentira Quando estava mais bonito, tinham compaixão de mim. Já estoumuito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu olho e as pessoas me mostram avassoura quando pretendo deitar-me numa pequena sombra.
20 meses:- Quase não posso mover-me! Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam oscarros, um me jogou! Eu estava no lugar seguro chamado "calçada", mas nuncaesquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se vangloriou poracertar-me. Quisera que tivesse matado! Mas só me deslocou as cadeiras! A dor eterrível!Minhas patas traseiras não me obedecem e com dificuldade arrastei-me até arelva, na beira do caminho..Faz dez dias que estou embaixo do sol, da chuva, do frio, sem comer. Já nãoposso mexer-me! A dor é insuportável! Sinto-me muito mal; fiquei num lugar úmidoe parece que até o meu pelo esta caindo...Algumas pessoas passam e nem me vêem; outras dizem: "não chegue perto". Já estouquase inconsciente; mas alguma força estranha me faz abrir os olhos. A doçura desua voz me fez reagir. "Pobre cãozinho, olha como te deixaram", dizia... juntocom ela estava um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e disse: "Sintomuito senhora, mas este cão já não tem remédio". É melhor que pare de sofrer".A gentil dama, com as lágrimas rolando pelo rosto, concordou. Como pude, mexi orabo e olhei-a, agradecendo-lhe que me ajudasse a descansar. Somente senti apicada da injeção e dormi para sempre, pensando em porque tive que nascer seninguém me queria....
Ajude a abrir a consciência dos ignorantes e, assim, poder acabar com os maustratos aos animais, especialmente com o problema de cães de rua.

Um comentário:

Feliz disse...

adoro animais. com ketchup é uma delícia! beijo.